sexta-feira, 3 de junho de 2011

Miniusinas de algodão vão elevar renda no NE

Embrapa Algodão realiza primeiro Dia de Campo de 2011 no município de Arara
Agricultores de quatro estados do Nordeste que integram o projeto ‘Algodão em consórcios Agroecológicos’ se reuniram na manhã de ontem na sede da Embrapa Algodão em Campina Grande para a assinatura dos contratos de compra de 12 miniusinas descaroçadoras de algodão. Os equipamentos vão beneficiar cerca de 750 famílias que dependem da produção do algodão em comunidades rurais da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, sendo usados para o beneficiamento da fibra, valorizando o preço final do produto em até 800%.

Os agricultores que antes vendiam o algodão bruto a um preço baixo, agora poderão beneficiar o produto nas comunidades rurais e eliminar a figura do atravessador, aumentando o faturamento. “Antes a gente tinha de mandar a produção para Juarez Távora para beneficiar numa usina de lá. Agora logo após a colheita a gente pode beneficiar na hora, diminuindo o custo com o transporte e vendendo um produto mais valorizado”, explica o agricultor Vital Rodrigues Filho, presidente da associação de produtores de Sumé. Só esta cooperativa esperar produzir 15 toneladas de fibra de algodão este ano. 

Preço pode ficar até sete vezes maior
O quilo do algodão na forma bruta, em ramo, é vendido por apenas R$ 1,00, enquanto o preço do algodão já descaroçado, em pluma, pode ser comercializado por até R$ 8,00 o quilo. 
“Agrega valor à produção porque a gente vai produzir e vender o produto já beneficiado e ainda aproveitar as sementes para gerar renda”, afirma o agricultor José Holanda, de Apodi-RN. Em média, 30% do algodão bruto é composto por sementes. Esse material ficava com os atravessadores, mas agora poderá ser aproveitado pelos agricultores para a alimentação animal com a produção da torta de algodão, usada como ração para bovinos e caprinos. A torta também pode ser vendida por até R$ 7,50 o quilo, servindo como fonte de renda.


JornalParaiba

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