sábado, 11 de dezembro de 2010

IDEB do município de Prata ultrapassa a média prevista para 2010

09 de Dezembro de 2010

O prefeito de Prata, Marcel Nunes e a secretária de educação Maria de Lourdes anunciaram na manhã desta quarta-feira (08), que IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do município ultrapassou a média prevista para 2010, ou seja, o índice que era para ser alcançado em 2015, já foi alcançado agora em 2010.

Segundo Maria de Lourdes, secretária de educação, o IDEB permite refletir sobre a situação geral da educação em nosso município. “A partir dos resultados, sabemos que há diferenças nas regiões do Estado e nesse sentido é importante que façamos uma análise de cada uma delas”, comentou a secretária. Ela lembrou que esta análise serve para indicar ações necessárias, bem como verificar quais foram às estratégias que contribuíram para o aumento das médias.
Quando assumiu a Prefeitura de Prata, em janeiro de 2005, o IDEB do município era 2,8. Agora em 2010, segundo atestou o Ministério da Educação, o IDEB subiu para 4,2.
O município de Prata já ocupa uma boa posição entre os municípios da Paraíba que apresentam os melhores desempenhos na avaliação do IDEB. "Isso nos deixa orgulhoso”, diz o prefeito Marcel.
Para ele, os bons índices são resultado de um trabalho que vem sendo feito com professores, alunos, pais de alunos e funcionários que fazem parte da área de educação no município de Prata, que estão empenhados em mudar a educação naquele município, além da reforma de toda a Escola Maria de Lourdes, dando mais conforto aos nossos alunos.
Ele lembrou que muitas famílias  que moram na zona rural, hoje fazem questão de mandar seus filhos à escola. “As famílias sabem que na escola seus filhos vão ter educação de qualidade e merenda boa”, resume.
Vitrine do Cariri
Paulinho Carioca - Assessor de Comunicação

colaboração de Valmy Veras

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Em ritmo acelerado "transposição do Rio São Francisco"


05 de Dezembro de 2010


Obras da transposição avançam e Monteiro será a primeira cidade a receber as águas do São Francisco
As obras da integração das bacias do Rio São Francisco no eixo Norte, formado pelos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, já estão 44% concluídas. Em São José de Piranhas, no Alto Sertão, está sendo construído o maior túnel subterrâneo para transporte de água da América Latina, o Cuncas I, no lote 14 do Eixo. O túnel começa em Mauriti (CE) e vai até São José de Piranhas (PB), totalizando 15 quilômetros, dos quais, mais de 200 metros já foram escavados.

Nesta segunda-feira (6) terá início a escavação do segundo túnel, o Cuncas II, que ligará São José de Piranhas e Cajazeiras, com cinco quilômetros de extensão. A obra, orçada em R$ 203 milhões, está prevista para ser concluída em dezembro de 2012 e irá beneficiar mais de 1,5 milhão de paraibanos de 36 cidades sertanejas. Já no eixo Leste, formado pela Paraíba e Pernambuco, a obra já tem 67% de conclusão. Neste eixo, mais de um milhão de pessoas de 18 municípios do Cariri serão beneficiadas. As atividades da integração das bacias já estão gerando empregos e renda.

Para escavar o túnel, as empresas responsáveis, por meio do consórcio Construcap, dividiram os quinze quilômetros em três partes distintas. Na primeira, está o emboque, que fica em Mauriti. De acordo com os engenheiros, o material escavado é terra solta e está sendo considerada por eles como a parte mais difícil, já que é inconsistente e há necessidade de se construir bases para suporte. A segunda parte é a janela, no centro da Serra de Monte Horebe, que medirá três quilômetros e será a ligação entre o início e o fim do túnel. A terceira é o fim do túnel, que já fica em São José de Piranhas, setor mais avançado. Por dia, estão sendo escavados mais de sete metros.

As obras dos dois túneis tiveram início no último mês de setembro. A escavação do desemboque do túnel Cuncas I fica no sitio Curral da Onça, distante 18 quilômetros de São José de Piranhas. Na obra, são mais de 300 pessoas envolvidas e, deste total, cerca de 50 atuam diretamente nas escavações. Ele mede 15 quilômetros de extensão, tendo nove metros de altura e vinte de largura, configurando-se como o maior da  América Latina. O túnel atravessará quatro cidades: Mauriti e Barro, no Estado do Ceará, e São José de Piranhas e Monte Horebe, na Paraíba.


Dois turnos

Em toda obra do túnel são cerca de 150 homens divididos em seis equipes que trabalham 24 horas por dia. De acordo com o encarregado de obras da parte final do túnel, Ramiro Sergio Ribeiro, os 50 operários que trabalham nas frentes de escavação são divididos em dois turnos.

“Estamos trabalhando em ritmo acelerado porque pretendemos concluir dentro do prazo previsto ou até mesmo antes disso. Por isso, já contratamos um bom número de pessoas e para o ano que vem, cerca de mais 30 serão contratados para trabalhar em outro turno”, explicou Ramiro. Hoje, a transposição do rio São Francisco emprega diretamente mais de sete mil trabalhadores.

Na Paraíba, aproximadamente 500 pessoas já foram contratadas e as empresas executoras das obras em São José de Piranhas estimam que, no próximo ano, mais 200 deverão ser contratados, já que as atividades serão intensificadas.


Monteiro será a 1ª beneficiada
Na Paraíba, o eixo leste começa por Monteiro, no Cariri, onde nasce o Rio Paraíba, que terá o canal por onde passarão as águas do Rio São Francisco. A cidade será a primeira a receber as obras de transposição. As obras da construção do canal estão a menos de 15 quilômetros do município e, em alguns trechos, ainda em terras pernambucanas, o canal já está concluído. Em outros, foram feitas as valas para, em seguida, serem colocadas as bases de concreto.

De Custódia (PE) a Monteiro são quase 100 quilômetros de obras com mais de 500 trabalhadores em dois turnos. Para receber a transposição, algumas mudanças de infraestrutura serão realizadas em Monteiro.


Trabalhadores paraibanos têm prioridade
De acordo com o gestor de serviços do consorcio Construcap/Toniolo Busnello/ Ferreira Guedes, Silvano Silveira, as empresas estão dando prioridade à mão-de-obra local, não somente nas áreas de serviços gerais e frentistas, mas também em áreas especializadas como técnico de segurança no trabalho. Ele disse que, por dia, as empresas têm recebido dezenas de currículos de pessoas em busca de emprego, mas ainda existem vagas que não foram preenchidas por falta de pessoas qualificadas. “Estamos precisando de funcionários de áreas como segurança no trabalho. Queremos profissionais da Paraíba e, por isso, já fomos a Brejo do Cruz em busca de funcionários, mas não conseguimos. Próximo ano, mais vagas serão abertas”, explicou.

Além dos empregos gerados na construção do túnel, no outro lote, de número 7, responsável pela construção de um canal que levará as águas do São Francisco para a barragem Engenheiro Ávidos, centenas de outros trabalhadores foram contratatados para a execução das atividades.


Indenizados compram casa na cidade
Os proprietários das terras onde estão sendo executadas as obras do túnel Cuncas I e do canal do lote sete, já foram indenizados. Com o dinheiro, muitos deles aproveitaram para realizar o sonho de possuir uma casa na zona urbana. Os produtores rurais que tiveram seus terrenos desapropriados irão ser removidos para vilas produtivas que serão construídas pelas empresas. “São mais de 300 famílias indenizadas. Para os que terão que sair das terras, serão construídas quatro vilas”, disse Clarindo.

Em São José de Piranhas, 322 terrenos foram desapropriados e, em Cajazeiras, 49. Os valores das indenizações são calculados de acordo com o tipo de solo de cada área e valor de mercado no município. Ao todo, o Governo Federal disponibilizou mais de R$22 milhões para o pagamento das indenizações.


R$ 8 mil em impostos pagos a Prefeitura 
Depois da instalação da empresas em São José de Piranhas, a cidade passou a receber aproximadamente R$ 8 mil de impostos por serviços realizados. Além disso, o comércio tem sido alterado em mais de 50% por conta das compras efetuadas pelas empresas. De acordo com assessor administrativo da prefeitura, Clarindo Geraldo Nunes Rolim, os impostos pagos ainda não são o suficiente para realizar muitas coisas na cidade, porém, de acordo com as estimativas, no próximo ano, os impostos deverão aumentar já que as empresas irão intensificar as atividades na região. “Sem dúvidas São José de Piranhas vai aproveitar o tempo que essas empresas estiverem realizando essas obras para se desenvolver.


Vitrine do Cariri
Daniel Motta (CP)



colaboração de Walmy Veras