terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ciro: PT e PMDB unidos por roubalheira e fisiologismo

Ao participar do 23º Encontro Nacional do PSB em Brasília, o ex-ministro e ex-deputado federal Ciro Gomes (CE) disse que, antes de pensar em disputar a Presidência da República, o seu partido deveria se preocupar em fazer criticar à aliança entre o PT e PMDB no governo Dilma Rousseff. Ele afirmou que a união existe porque tem “natureza fisiológica. “Quando não roubalheira”.
O cimento da aliança central que reúne o PT e PMDB é de natureza fisiológica. Nós teremos sempre grandes sustos e grandes dissabores por esse cimento”, disse.“Toda aliança é legítima, mas qual é a agenda institucional, transformadora que precisa dessa grande aliança? Qual é a pendência da reforma tributária, no modelo de organização das instituições políticas, no desenho da poupança previdenciária ou qualquer que seja o assunto relevante? O que os coesiona? Fisiologia! Quando não, roubalheira”, completou Ciro.

BenoneLeão

Cego que nasceu em São José é o novo Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Um cego de origem humilde, nascido na cidade de São José do Egito, é o novo Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e nesta condição está percorrendo todas as capitais do país para divulgar as ações do órgão que dirige.


Ele se chama Antonio José Ferreira e sexta-feira passada esteve em Boa Vista, capital de Roraima, e se reuniu com um conterrâneo que não conhecia e tampouco sabia que morava lá há quase 40 anos: o prefeito Iradilson Sampaio (PSB).

Ferreira viajou a convite do Ministério Público para participar de uma reunião patrocinada pelo Centro Operacional de Apoio às Procuradorias e Promotorias de Justiça.

O evento foi aberto ao público e teve entre os convidados representantes das Associações Anjos de Luz e dos Deficientes Visuais de Roraima e do Colegiado das Associações das Pessoas com Deficiência.

Antônio José Ferreira também é vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) e já presidiu a Organização Nacional dos Cegos do Brasil.

PortalSJE

Embratel, Vivo e Claro denunciam licitação \"viciada\" no governo Ricardo para beneficiar a OI

O Governo da Paraíba fez uma licitação da telefonia no ultimo dia 1 de dezembro que vem gerando insatisfações e protestos das operadoras Vivo, Claro e Embratel. O "edital do pregão de telefonia" conduzido pela Secretaria de Administração foi lançado no dia 15 de novembro e abertura da proposta foi feita na última quinta-feira. Segundo a denuncia, o edital possui erros insanáveis.

Hoje o colunista Clilson Júnior descobriu, através de documentos fornecidos pelas operadoras, que o edital teria sido feito, supostamente,  para beneficiar apenas a única empresa que venceu a licitação, com preços acima do mercado.Somente OI/Telemar deu o lance e ganhou sozinha a licitação no valor de R$ 21.640.663,56 (vinte e um milhões, seiscentos e quarenta mil, seiscentos e sessenta e três reais e cinquenta e seis centavos).



Patosonline

Esgoto transbordando causa revolta aos comerciantes no Centro de Patos

Desde domingo, dia 04, que comerciantes da Rua Bossuet Wanderley, em pleno Centro Comercial de Patos, reclamam de problemas de vazamento na rede de esgoto da localidade. A rede de esgoto está sobre os cuidados da Companhia de Águas e Esgotos do Estado da Paraíba – CAGEPA, mas até o momento nenhuma equipe da Companhia foi vista para consertado o problema que está espalhando água fétida pelo centro da cidade.

A revolta dos comerciantes é que o valor pago nas contas de água para a CAGEPA é 50% mais caro devido à taxa de esgoto que está incluída no boleto. “Nós pagamos caro e na hora que acontece esse tipo de problema a solução demora a acontecer”, disse um dos prejudicados.

O problema de entupimento na rede de esgotos no centro de Patos é algo raro de acontecer. Por esse fato, os comerciantes querem solução imediata ou pelo menos prazos concretos para a solução do problema.

Em contato com a sede regional da CAGEPA, a reportagem foi informada que o problema será repassado para a equipe de manutenção que está sob o comando de Tarcísio Fontes.

Jozivan Antero – patosonline

“Secretaria de Saúde de Canindé de São Francisco engana Ministério da Saúde com Informações falsas”

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Posto de Saúde do Assentamento Cuibá - Canindé de
São Francissco - SE.
Os moradores do Assentamento Cuiabá, localizado no município sergipano de Canindé de São Francisco, reclamam da falta de atendimento médico no Posto de Saúde da Família Ednaldo Vieira de Barros.

Segundo informações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Canindé de São Francisco ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES DATASUS), no Posto de Saúde Ednaldo Vieira de Barros consta que está cadastrado dois médicos de saúde da família contratados e ativos, trabalhando naquela localidade com uma carga horária de 40 horas semanais, ou seja, ao menos 8 horas diárias de segunda a sexta deveria ter médico para atendimento às famílias daquele Assentamento e região.

Para os moradores do Assentamento Cuiabá essas informações são inverídicas, pois, não há atendimento médico há mais de 1 ano. O Prefeito e o Secretário de Saúde do Município que, aliás, são irmãos, se omitem e não respondem aos cidadãos sobre a situação.

O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Canindé de São Francisco (SINDISERVE-CANINDÉ) vem tentando ser atendido pelo Prefeito Municipal para discutir o problema entre outros diversos que dizem respeito às condições de trabalho e irregularidades nos serviços públicos do município. O prefeito se nega a atender o sindicato.

Os dados dos Estabelecimentos de Saúde públicos e privados que atendem pelo SUS estão disponíveis no site cnes.datasus.gov.br. O cadastro objetiva oferecer maior transparência através de informações sobre atendimento à saúde em nosso país.

O município de Canindé de São Francisco de forma evidente repassa informações falsas de alguns nomes de profissionais e de carga horária também. E o silêncio impera na Prefeitura de Canindé de São Francisco.

Se formos considerar os 15% da receita média de R$ 8,5 milhões, a Secretaria de Saúde de Canindé teria uma receita de um pouco mais de R$ 1,2 milhões. A receita total de mais da metade dos municípios sergipanos é inferior ao valor destinado a Secretaria Municipal de Saúde de Canindé. Mesmo com uma realidade financeira extraordinária a saúde municipal de Canindé ainda passa por muitos problemas.

É preciso nos questionar: o que está acontecendo em Canindé? Será que a beleza do Cânion de Xingó está maquiando a situação real do município? Será que R$ 1,2 milhões não é o suficiente para oferecer uma saúde de qualidade a uma população de 24.693 habitantes (Censo IBGE 2010)? Será que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixo não é reflexo de nada? Enfim, a quem vai beneficiar informações falsas ao Ministério da Saúde?
Precisamos refletir sobre isso!

Notícias do Sertão

Alvaro Dias volta a propor CPI da Corrupção

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Ao comentar o pedido de demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) voltou a propor, nesta segunda-feira (5), a criação de uma CPI da Corrupção. Para defender os "resultados inegáveis" que uma CPI traria, Alvaro lembrou que, no domingo (3), a CPI do Futebol, presidida por ele, completou dez anos, tendo proporcionado avanços importantes na legislação e na administração do esporte no país.
- A persistência em relação ao modelo de loteamento de cargos entre os partidos que compõem uma coalizão de força fisiológica incomum compromete a eficiência administrativa e, repito, abre portas para a corrupção. Manter o modelo é lubrificar a máquina que fabrica escândalos no Brasil. Lastimavelmente, é o que nós estamos verificando nesta segunda-feira, com a demissão do ministro Carlos Lupi, que sucumbiu, diante das pressões das denúncias, e pediu para ir embora -disse Alvaro.
O senador criticou a presidente Dilma Rousseff por manter Lupi no cargo, após as primeiras denúncias, até a situação ficar insustentável. Segundo ele, Dilma se posicionou como "advogada de defesa", mas acabou perdendo a causa.
Agencia Senado

Caixa vai financiar projetos de geração de crédito de carbono

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Brasília- A Caixa Econômica Federal assinou hoje (5) um acordo de compra e venda de créditos de carbono com o Banco Mundial. Com o acordo, a Caixa poderá oferecer financiamento para implantação de aterros sanitários, tendo como garantia os créditos de carbono que serão gerados com a redução de emissões de gases de efeito estufa.
A Caixa também acertou com o Banco Mundial um empréstimo de US$ 50 milhões para investimentos em projetos de resíduos sólidos urbanos e financiamento de carbono.
Os créditos de carbono são certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que diminuiu a sua emissão de gases de efeito estufa. Os créditos são obtidos com projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que têm metodologia definida pela Organização das Nações Unidas. Cada tonelada de dióxido de carbono que deixa de ser emitida corresponde a um crédito de carbono. O crédito pode ser negociado no mercado internacional.
Agência Brasil

Dilma entregará amanhã o Prêmio Jovem Cientista

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Brasília - A cerimônia do 25º Prêmio Jovem Cientista, que ocorrerá amanhã (6), premia estudantes e profissionais que buscam soluções para problemas sociais que tenham conexão com a ciência. O prêmio vai ser entregue pela presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília, e comemora também os 60 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq). O prêmio, criado em 1981, tem como objetivo estimular novos talentos na ciência e que usam o conhecimento científico e tecnológico para tentar conter os problemas emergenciais do país.
O tema desta edição é Cidade Sustentável, e se divide entre as categorias estudante do ensino médio, estudante do ensino superior e graduado. Também são condecoradas as instituições com maior número de trabalhos inscritos. Esta edição bateu recorde de participação com 2.321 trabalhos inscritos, representando um crescimento de 7% em relação à edição do ano passado.
O CNPq divulgou a lista de vencedores no dia 8 de novembro. Na categoria graduado, a vencedora foi Uende Aparecida Ferreira Gomes, com uma dissertação de mestrado que tratou da ampliação do saneamento básico nas periferias. O vencedor da categoria estudante do ensino superior foi Kaiodê Biague, que fez trabalho sobre a integração de transporte público de qualidade com a geração de energia renovável. A estudante Ana Gabriela Ramos venceu na categoria estudante do ensino médio, preocupando-se com o acúmulo de plástico em embalagens para embalar mudas de plantas, e usou em sua pesquisa resíduos de biomassa, como o bagaço da cana para minimização de impacto ambiental.
A premiação também contará com a presença do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, a vice-presidente do Instituto Gerdau, Beatriz Gerdau Johannpeter e o CEO da GE na América Latina, Reinaldo Garcia.
Agência Brasil

Em pesquisa, 80% dos juízes creditam lentidão da Justiça ao excesso de trabalho

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Brasília - Mais de 80% dos juízes que participaram de uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acreditam que o excesso de trabalho prejudica a tramitação dos processos em tempo razoável. O questionário, na página do CNJ na internet, foi respondido voluntariamente por 803 juízes, sendo que 645 respostas foram negativas (80,3%). A consulta teve o objetivo de saber se o volume de trabalho atribuído a cada profissional permite que os processos fossem concluídos no prazo previsto na legislação.

O levantamento também evidencia alto grau de insatisfação com a segurança, já que quase 80% dos magistrados classificaram o item como ruim ou péssimo. Para o diretor de Gestão Estratégica do CNJ, Fabiano de Andrade Lima, esse item deve ser analisado com cuidado. “Temos que aprofundar essa informação para checar se o assassinato da juíza Patrícia Accioli, ocorrido um mês antes da pesquisa, não pode ter influenciado na sensação de insegurança”.

A maioria dos participantes (94,8%) disse ser juiz de primeiro grau, sendo que 63,1% trabalham em unidades judiciais do interior e 41,5% estão na carreira entre três anos e dez anos. As respostas vieram de 25 unidades da Federação, com destaque para São Paulo (15,3%), Minas Gerais (14,2%) e Pernambuco (7,8%). Nenhum magistrado de Roraima ou do Amapá participou da pesquisa, assim como nenhum ministro de tribunal superior.

Apesar da preocupação com a segurança, outros itens que tratavam do espaço e das condições de trabalho, como conforto, atualização profissional e tratamento dispensado pelas instâncias superiores, foram bem avaliados pelos juízes. Mais de 80% dos pesquisados se disseram satisfeitos ou muito satisfeitos com a profissão, e só 2,1% informaram que estão muito insatisfeitos.

Débora Zampier
Agência Brasil

Experiências de eliminação do trabalho de crianças e adolescentes são exemplo mundial, diz OIT

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Brasília – Os esforços do Brasil para eliminar o trabalho infantil – que se refere às crianças e aos adolescentes de 5 a 17 anos – em pelo menos 50% nos últimos 20 anos servem como exemplo mundial a ser seguido, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Porém, as autoridades sabem que o empenho deve ser mantido, pois ainda há cerca de 4,1 milhões de crianças e adolescentes trabalhando ilegalmente no país, principalmente no Norte e Nordeste.

Para verificar os projetos desenvolvidos em parceria pelos governos federal, estaduais e municipais e pela OIT e conversar com as autoridades brasileiras, a diretora-geral do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da organização, Constance Thomas, chega amanhã (6) ao Brasil, onde fica até o dia 13.
A diretora visitará Salvador, Cuiabá e Brasília. NA capital federal, ela se reunirá com os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), além de integrantes do Ministério Público e do Ministério das Relações Exteriores.
O coordenador nacional do Projeto Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes, disse à Agência Brasil que o fim da exploração de crianças e adolescentes está diretamente associado às políticas públicas na área social.
“A experiência desenvolvida no Brasil é modelo devido ao conjunto das ações. A eliminação do trabalho infantil depende de esforços para a execução de políticas sociais, como o Bolsa Família, o Mais Educação e outros”, disse Mendes. “Mas é necessário lembrar que o problema ainda existe e deve ser solucionado”, acrescentou ele.
Mendes disse ainda que a OIT está preocupada com a possibilidade de o trabalho infantojuvenil ser retomado em áreas que estava extinto em decorrência dos impactos da crise econômica internacional. “Nosso receio é que o trabalho infantil seja retomado em países que ele já não existia mais.”
Na semana passada, autoridades do Timor Leste estiveram no Brasil para observar os programas desenvolvidos em várias cidades. A ideia é que, no primeiro semestre de 2012, as medidas sejam implementadas no país.
No Brasil, o trabalho denominado perigoso é vetado para quem tem menos de 18 anos. Aos 14 e 15 anos, o adolescente brasileiro pode trabalhar como aprendiz. Aos 16 anos, o jovem pode ser contratado com carteira assinada e seguindo a legislação.
Renata Giraldi
Agência Brasil

'Comprei uma vaga de trabalho por 4 000 reais'

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Empresa que mantém contrato com órgãos federais vende postos de trabalho. Para negociar os cargos, diretores da terceirizada forçam demissões


Nos últimos anos, órgãos públicos têm repassado a empresas privadas tarefas colaterais, como a segurança e a limpeza de prédios. Em teoria, a opção tem tudo para trazer eficiência e economia ao serviço público. Na prática, a falta de fiscalização favorece a corrupção. O site de VEJA relata um desses casos, envolvendo a Patrimonial, uma empresa com sede na região central de Brasília e especializada em fornecer mão de obra terceirizada para o setor público e privado. No portfólio de funcionários estão copeiras, ascensoristas, motoristas e mensageiros, mas o forte da Patrimonial são os seguranças. Trata-se de um esquema primário: a venda de vagas de vigilantes em órgãos públicos com as quais a companhia tem contratos. E é bom lembrar: em última análise, os salários dos terceirizados são pagos com recursos públicos.
Um dos beneficiados pelas fraudes falou à reportagem. É Agreny Farias, de 24 anos. Em 22 de abril de 2010, uma sexta-feira, ele pagou 4 000 reais em dinheiro a um segurança da empresa, um intermediário de dois funcionários da companhia ligados à escolha de pessoal, identificados apenas como Wander e Santos. O primeiro seria diretor-geral da companhia. O segundo, diretor operacional de órgãos públicos. Os dois são alvo de uma investigação do Ministério Público do Trabalho e foram citados pelos três trabalhadores ouvidos pelo site de VEJA. Wander e Santos encontraram-se por várias vezes pessoalmente com os trabalhadores. O crachá da Patrimonial que portavam trazia apenas esses nomes. A empresa recusou-se a prestar qualquer informação à reportagem.
O fato é que, na segunda-feira depois de falar com Wander e Santos, Agreny estava empregado. A função: agente de segurança. O salário: 1 600 reais mais benefícios.  Do total pago, 25% ficava com o agenciado. O restante era repassado à dupla de diretores. Nem tudo saiu como Agreny planejava: ele acabou movido de posto seguidamente. E mudou de órgão três vezes: passou pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pela Infraero antes de ser levado à Universidade de Brasília (UnB). Quem compra a vaga no esquema não sabe em que órgão vai parar. 
Com as transferências constantes de lotação, os responsáveis pelo esquema evitam que o funcionário seja efetivado no posto, o que dificultaria uma posterior demissão. Agreny reclamou: exigiu ser alocado em um posto fixo. A partir daí, ele conta, começou a ser vítima de assédio moral. "Eles queriam me intimidar", relata. A demissão viria 16 meses após a contratação. "Quando eu fui demitido, eles alegaram insuficiência de vagas. Mas havia umas quarenta pessoas sendo contratadas", conta.
O pagamento, de acordo com ele, se deu em um local público: "Entreguei os 4 000 reais em dinheiro vivo. O intermediário me disse que eu teria uma resposta em um ou dois dias", relata Agreny. “Sessenta por cento das pessoas que entram na Patrimonial são de vagas compradas”, diz. De acordo com ele, existem vários intermediários que negociam os postos, todos comandados por Wander e Santos. Hoje, aliás, o preço da vaga teria subido para 5 000 reais.
Limpeza - A Patrimonial tem cerca de 2.000 funcionários. Só na Universidade de Brasília, são 800 agentes de segurança. Boa parte dos postos é ocupada por funcionários herdados de outras empresas, já que a troca de companhias é comum na área e os antigos funcionários costumam ter preferência. O contrato da Patrimonial com a UnB acaba de ser renovado. E os diretores da companhia já anunciaram que, nas próximas semanas, vão substituir, em uma só leva, grande parte dos seguranças da UnB. 
Isso porque, para ocupar o posto, os operadores do esquema precisam primeiro liberar as vagas. Claudia Cristina Santos, que trabalhava na UnB, conta que foi demitida para dar espaço ao esquema. Um dos artifícios usados por Wander e Santos foi tentar dispensar cerca de 25 vigilantes mulheres, alegando que a empresa não trabalha com funcionárias do sexo feminino. A argumentação não faz sentido, já que alguns serviços só podem ser feitos pelas mulheres.
De acordo com Claudia, funcionários da universidade a aconselharam a desistir das denúncias para reaver o cargo. Ela esteve também com o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) e com representantes do Sindicato da categoria. Mas nada adiantou.
Perseguição - Também lotada na UnB, Josefa de Moura teme ser demitida. Ela teve de sair da faculdade que cursava, foi transferida de uma unidade da UnB próxima de casa para uma outra, distante 30 quilômetros de onde mora e acabou escalada para uma função que a obriga a puxar um pesado portão. Resultado: entrou em depressão e lesionou ombro. Agora, está de licença médica e acredita que vai perder o cargo.
"De junho para cá, minha vida não é mais a mesma", diz Josefa. Ela afirma que o seu caso, semelhante ao de vários colegas, tem ligação com a venda de vagas: para o esquema criminoso, quanto mais demissões, melhor.
A denúncia já chegou ao Ministério Público do Trabalho, que investiga o caso. A Universidade de Brasília informou ao site de VEJA que Davi Diniz, assessor especial da reitoria, falaria sobre o caso. Diniz não atendeu as ligações até a publicação desta reportagem. A empresa Patrimonial negou-se a prestar qualquer informação ao site de VEJA.
Gabriel Castro - Veja

Troca de seis por meia dúzia

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NOVO MINISTRO DO TRABALHO PRESSIONOU EX-SECRETÁRIO A MENTIR


Paulo Roberto dos Santos Pinto, o novo ministro do Trabalho, tentou abafar o episódio sobre a viagem de Carlos Lupi ao Maranhão em 2009. Logo depois de VEJA revelar que Lupi viajou no King Air providenciado por Adair Meira, presidente de organizações não-governamentais (ONGs) com contratos milionários com a pasta, Pinto tentou convencer o ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego Ezequiel Nascimento a mudar sua versão.


Foi Nascimento quem confirmou a VEJA, em novembro, que Lupi viajou no King Air. Mesmo pressionado, o ex-secretário não aceitou a proposta. Pelo visto, a presidente Dilma Rousseff trocou o falso pelo mentiroso.
Luciana Marques - Veja

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dilma aceita pedido de demissão de Carlos Lupi

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Brasília – A presidenta Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão apresentado agora há pouco pelo ministro de Trabalho Carlos Lupi e, de acordo com informações da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto, a partir de amanhã (5), o secretário executivo da pasta, Paulo Roberto dos Santos Pinto, assumirá o cargo em caráter interino.
Em nota, o Planalto informou que a presidenta Dilma "agradeceu a colaboração, o empenho e a dedicação do ministro Lupi ao longo de seu governo e tem certeza que ele continuará dando sua contribuição ao país". Dilma estava em viagem à Venezuela, onde participou da Cúpula dos Países Latino-Americanos e Caribe (Celac).

O pedido de demissão do ministro, em caráter irrevogável, foi divulgado no site do Ministério do Trabalho, hoje  (4), no início da noite.

Luciana Lima
Agência Brasil

Conferência Nacional de Saúde exige que gestão de saúde pública seja exclusiva do SUS

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Brasília – O fim da terceirização da gestão da saúde pública foi a principal reivindicação da 14ª Conferência Nacional de Saúde, que terminou hoje (4) em Brasília. 


O evento reuniu mais de 3 mil representantes da sociedade para debater o papel do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que as mais de 300 propostas de política pública aprovadas na conferência sejam aproveitadas pelos três níveis de governo - municipal, estadual e federal.

“Aprovamos contar para a sociedade brasileira que não é verdade que a sociedade rompeu com o SUS. Os representantes da sociedade que estavam aqui disseram que não é verdade que a gente se cansou, e não é verdade que não queremos lutar por isso e queremos entregar tudo para o mercado”, disse a coordenadora-geral do evento, Jurema Werneck.
Ela explicou que a ideia das propostas aprovadas não é que o Estado deixe de comprar leitos em hospitais privados quando não houver vagas no sistema público, mas que os governantes não repassem às instituições privadas a responsabilidade de administrar quando e como esses leitos serão usados.
De acordo com a coordenadora, o sistema atual – que vem sendo adotado por  alguns estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco - permite falhas sem que o Estado seja responsabilizado por isso. “A gente está mantendo a ideia de que o SUS é publico. A regra é não transferir serviços para organizações sociais, que são empresas disfarçadas que acabam precarizando o trabalho, acabam não entregando o serviço que a gente comprou, e acabam não garantido o serviço à população”, declarou Jurema Werneck.
O ministro Alexandre Padilha, que participou do encerramento do evento, disse que o SUS saiu mais fortalecido da conferência. “Viva o controle social”, disse Padilha, ao encerrar a última votação do dia.
Débora Zampier
Agência Brasil

Finalmente - Lupi, o mentiroso, é o sétimo ministro a deixar o governo, sendo o 6º "CORRUPTO"

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Depois de um mês de frases de efeito, mentiras e escândalos sucessivos, Carlos Lupi deixou neste domingo o cargo de ministro do Trabalho. Ele é o sétimo integrante do governo Dilma Rousseff a sair da equipe, desde o início do mandato da presidente, em janeiro – e o sexto a abandonar o cargo por causa de envolvimento com corrupção.
A queda de Lupi acontece depois de uma recomendação da Comissão de Ética da Presidência da República, na quarta-feira passada. A presidente Dilma a princípio pediu esclarecimentos sobre o parecer ao grupo, mas agora, por fim, decidiu demitir Carlos Lupi.
Em nota publicada agora à noite no site do Ministério do Trabalho, Lupi cita a decisão da comissão.  “A Comissão de Ética da Presidência da República me condenou sumariamente sem me dar direito de defesa”, disse. “Decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.”
Nem mesmo a declaração pública de amor à presidente - "Dilma, eu te amo", disse o falastrão - conseguiu segurar Carlos Lupi no comando do ministério. A derrocada do ministro começou quando VEJA trouxe à tona, em edição de 5 de novembro, o envolvimento de Lupi em um esquema de corrupção. Caciques do PDT, comandados por ninguém menos que Lupi,  transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funcionava assim: primeiro o ministério contratava entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigiam propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam.
Nas semanas seguintes, VEJA mostrou que Carlos Lupi usou avião alugado pelo presidente de um ONG que fazia parte do esquema, Adair Meira. As entidades de Meira tinham contratos milionários com o ministério. Em nota, o ministro negou que tivesse embarcado no King Air, de prefixo PT-ONJ.
No entanto, dias depois fotos publicadas pelo portal www.grajaudefato.com.br mostraram o ministro desembarcando no município de Grajaú justamente no King Air providenciado por Adair Meira. A mentira de Lupi, comprovada também por um vídeo divulgado pelo site VEJA , deixou a dele situação insustentável. As provas também desmentem a declaração dada pelo ministro à Câmara dos Deputados na semana passada de que não conhecia o dono da Pró-Cerrado nem voara com ele. "Nunca andei em jatinho de Adair, não o conheço. Não tenho nenhum tipo de relação com ele", afirmou Lupi.
Na semana seguinte, Lupi acabou desmentindo a história. Era tarde demais.
O pedetista é o sétimo ministro demitido no governo Dilma, seis deles envolvidos em corrupção. Irregularidades envolvendo convênio com ONGs derrubaram outros dois ministros, além de Lupi: Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte). Também deixaram a Esplanada dos Ministérios, após denúncias, Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e Wagner Rossi (Agricultura). Nelson Jobim (Defesa) entregou a carta de demissão após proferir discursos constrangedores ao Planalto.
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Deboche - Lupi é conhecido por seu estilo debochado, que às vezes chega ao ridículo. Frases como “para me retirar, só abatido à bala”, “vou carregar o caixão de muita gente” e “Dilma, eu te amo” marcaram seus últimos dias frente à pasta do Trabalho. Ora desafiador, ora romântico, o ex-ministro jogou todas as fichas em sua defesa. Concedeu várias entrevistas, prestou depoimento no Congresso Nacional e causou controvérsia no meio jornalístico ao criar um blog para responder a perguntas enviadas por repórteres. Detalhe: as questões eram levadas a público pela página do Ministério do Trabalho, antes mesmo das matérias serem publicadas pelos veículos de comunicação.
As tentativas de permanecer no cargo, no entanto, fracassaram. Lupi não conseguiu apoio integral nem de seu partido. O deputado federal Reguffe (PDT-DF) defendeu seu afastamento do cargo e pediu, ao lado do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) e do senador Pedro Taques (PDT-MT), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigasse as acusações de irregularidades na pasta. Teixeira foi além: cobrou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar os fatos.
Lupi assumiu a pasta do Trabalho em 2007, no governo Lula. Foi mantido no cargo pela presidente Dilma, mas deixou o governo antes mesmo da primeira reforma ministerial, prevista para janeiro de 2012.
Reportagem de VEJA – A edição de VEJA publicada no dia 5 de novembro revelou que caciques do PDT comandados por Carlos Lupi transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funcionava assim: primeiro o ministério contratava entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigiam propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam.
O Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, foi um dos alvos do achaque. Depois de receber, em dezembro de 2010, a segunda parcela de um convênio para a qualificação de trabalhadores no Vale do Açu, a entidade entrou na mira dos dirigentes do PDT. O ministério determinou três fiscalizações e ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse à ONG. Ao tentar resolver o problema, os diretores do instituto receberam o recado: poderiam regularizar rapidamente a situação da entidade pagando propina.
Luciana Marques e Gabriel Castro - Veja