quinta-feira, 9 de junho de 2011

PF confirma escuta clandestina na AL; MP deve investigar origem dos grampos



                                     
                                    
Laudo pericial da Polícia Federal confirmou existência de escuta clandestina na Assembléia Legislativa. O grampo foi localizado no gabinete do presidente da AL, Ricardo Marcelo.
De acordo com relatório da PF, a escuta plantada tinha capacidade de captar e amplificar sons do ambiente do gabinete e também conversas via telefone.
Escuta estava em caixa telefôn
Escuta estava em caixa telefônica
Segundo o laudo pericial nº 233/2011, o equipamento, medindo cerca de 23 por 07 milímetros, estava encapsulado em material plástico termocontrátil de cor
preta, ligado a três fios de cores preto, branco e vermelho.

Esse equipamento de espionagem se encontrava conectado, ainda segundo o laudo da PF, nos fios de telefone, ocultado no interior de uma das caixas de telefonia.
O laudo pericial revela também que, durante os trabalhos de investigação, foi realizado acompanhamento do cabo telefônico pelo forro do imóvel desde a sala da Presidência da AL, onde o equipamento estava ligado.
Os peritos constaram que os fios estavam conectados a uma central telefônica.
A Polícia Federal recolheu todo equipamento eletrônico, que não possuía circuito de transmissão por radiofrequência.
A perícia da PF foi solicitada no começo do mês passado pelo próprio Ricardo Marcelo, que decidiu estendê-la a todos os gabinetes da AL. Ele antecipou que pedirá ao Ministério Público para investigar a origem da arapongagem.
“Diante da minha responsabilidade como presidente do Poder Legislativo, jamais me permitiria levantar qualquer suspeita ou a mínima insinuação de quem estaria por trás disso ou mesmo quem teria interesse de escutar ilegalmente o que se passava no meu gabinete. Mas é preciso que esse fato, que considero de extrema gravidade, seja completamente apurado”, disse Ricardo Marcelo.
O presidente da Assembleia Legislativa frisou que o princípio da privacidade é assegurado constitucionalmente e não pode ser desrespeitado.
“Queremos apenas a investigação completa dos fatos. Temos que ter muita prudência e cautela nesse momento, para que não haja qualquer tipo de insinuação, seja ela no campo político ou pessoal. Somente com a conclusão do inquérito que estamos solicitando, após ouvido o Ministério Público, é que vamos saber realmente o que se passava”, afirmou.
PortalCorreio

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